Resoluções de Ação de Graças

Desde que comecei a namorar, minha estante passou por mudanças consideráveis. Primeiro vieram Persépolis, da Marjane Satrapi, e Maus, de Art Spiegelman, ambas aclamadas autobiografias. Aí, ao perceber que dava para ler graphic novels e ainda assim inspirar algum respeito, li Nova York, do Will Eisner, que reúne crônicas lindas sobre a vida nas grandes cidades. Foi minha perdição!

Agora, no final de 2011, percebo que, dos 47 livros que li neste ano, cerca de 35 são graphic novels, tirinhas ou picture books. A lista vai desde livros fora de série como Cicatrizes (David Small), Fun Home (Alison Bechdel) e Shadow (Suzy Lee) até os superestimados, como Retalhos (Craig Thompson), e mambembes, que é o caso de Scott Pilgrim (Bryan Lee O’Malley).

Enfim, a coisa degringolou de tal forma que, ao ver esta capa de Thanksgiving de uma New Yorker de 2006, eu soube sem sombra de dúvida que era do Chris Ware, autor de Jimmy Corrigan, graphic novel que, aliás, eu dei de presente para o grande culpado por tudo isso.

Sei que ainda não chegou o momento de fazer resoluções, mas pretendo equilibrar mais as coisas daqui pra frente.

5 pensamentos sobre “Resoluções de Ação de Graças

  1. Essa capa é realmente muito bonita, engraçado como um desenho relativamente simples conseguiu ser tão icônico, bem pelo menos para nós. Essa relação de Graphic novels contra livros normais é parte de culpa minha, mas também é para balancear a vida toda que sempre foi recheada de livros ótimos.
    É bom publicar esse post, você abriu margem para alguém que ainda tem preconceito com esse tipo arte (rs) possa perder e experimentar, mesmo que seja por doses homeopáticas dos grandes clássicos que você mesmo referenciou.

  2. Fiquei me sentindo uma fracassada, quer dizer eu leio hqs e graphic novels desde criança e com esse post percebi que no meio que gosto tanto e defendo não sou alternativa o suficiente para ter reconhecido um artista como você. Fracassei!!! Vou voltar para a minha leitura mainstream…

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